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Posted: 21 Nov, 2018 @ 10:28am
Updated: 11 Apr, 2020 @ 12:41pm

Você é NiOh!

NiOh foi lançado em fevereiro de 2017 como um game exclusivo de Playstation 4. Um pouco depois, em novembro de 2017, sua versão PC (via Steam) foi lançada. E foi aí que eu agarrei com todas as forças e Ki, investindo 100,00 “Temers” [na época] em pleno lançamento. O game foi desenvolvido pela Team Ninja e distribuído pela Koei Tecmo (Dynasty Warriors).


HISTÓRIA

A proposta do game é propor uma narrativa repleta de cultura e mitologia oriental vivida no período Sengoku do Japão. O personagem principal é nada mais, nada menos que William Adams, o primeiro navegador americano – que não vou entrar em detalhes – a chegar ao Japão. William era chamado de Anjin-sama e mesmo sofrendo uma certa descriminação no início de sua jornada, ele se torna um grande e honroso samurai. Mas olha só que coisa danada.

A história se passa nos anos 1600, no Japão. Após guerras sangrentas, o país foi dividido em dois clãs, eles: Tokugawa e Toyotomi e para os amantes dessa história, vocês podem contar com personagens importantíssimos deste período, tais como: Hattori Hanzo [meu preferido] e Oda Nobunaga, ambos com uma ligação muito forte na história.

O game consegue misturar uma fase do Japão e personagens históricos reais com uma trama tensa e dramática muito imersiva – quando eu pisquei os olhos, já possuía mais de 120 horas registradas de gameplay --. Tudo é muito envolvente desde a relação dos personagens até a maneira em que interagimos com os elementos da história. Além da fase real e histórica do Japão, nos deparamos com um “bombardeio” de mitologia Japonesa, preparem-se para matar muitos, mas muitos Yokais (criaturas sobrenaturais do folclore japonês) de uma maneira muito, mas muito desafiadora. Tudo isso girando em torno de uma busca inacabável de “Amrita”, o poder no jogo. Sempre há poder envolvido. Sempre.

MECÂNICA E JOGABILIDADE

Esta, por incrível que pareça, é uma das partes que mais me surpreendeu no game. Como assim? Não é mais um que bebe da água de Dark Souls e faz com que seus jogadores chorem sangue? Talvez seja, mas o fato do game possuir uma narrativa mais intensa faz com que os jogadores que não são tão experientes em jogos tão punitivos assim queiram aprender a jogar, de uma maneira, ou de outra. Como de costume em jogos no estilo Dark Souls, a jogabilidade é bem punitiva com os erros, usar armas pesadas e lentas em inimigos ágeis é uma atitude totalmente desprezível no jogo, e como a vida, errar mais de uma vez é burrice e inaceitável, mas podem ficar tranquilos, porque assim como na vida, nós erramos e aprendemos muito em NiOh.

As armas são: Katana, Katana Dupla, Odachi, Machados e Martelos, Lanças, Tonfas e Kusarigama. Todas com características bem únicas se utilizadas na postura correta. Postura?
Sim, é aí que entra outra coisa que me impressionou na jogabilidade de NiOh. O game além de nos propor um arsenal repleto de armas diversificadas, ele nos possibilita a escolha da postura:

• Postura Alta: Indicada para armas pesadas, como Martelos, Machados e Odachis. Possibilitando a força e dano máximo das armas.
• Postura Média: Recomendada para armas equilibradas, como Katanas.
• Postura Baixa: Quando você quer sair batendo feito louco, sem consumir muita energia (Ki). Nesta postura as armas afetam menos dano, porém se tornam mais ágeis. Recomendado para armas leves Katanas Duplas, Tonfas e Kusarigamas.

Entretanto, nada disso se torna regra, há jogadores que gostam de usar postura alta para armas leves e posturas baixas para armas pesadas, tudo vai depender de como cada um irá se adaptar as mecânicas do jogo no decorrer da jogatina.

Além das armas possuímos um outro elemento muito importante que nos acompanha e nos salvam, muitas vezes, durante a gameplay. Pera aí, quer dizer que tem mais coisa que se diz respeito a mecânica e a jogabilidade do jogo? Tem sim, são os Espíritos Guardiões que nos acompanham em nossa jornada. Os espíritos guardiões funcionam como “armas vivas” dentro do jogo e são explorados da seguinte forma: ao derrotar nossos inimigos, eles deixam uma quantidade X de Amrita (poder) que é usada para evoluirmos o nosso querido Anjin (protagonista do game). Este poder também serve para alimentar o nosso espírito guardião, que ao atingir um determinado valor de Amrita pode possuir nossas armas, fazendo com o que o nosso poder de ataque aumente, dentre outras especialidades. São mais de 20 espíritos guardiões disponíveis no decorrer do jogo, cada um possuindo um poder específico dividido nos elementos de água, fogo, vento, terra e eletricidade. Todos são muito bem desenvolvidos e alguns são muito carismáticos e fazem parte da história principal. – Preparem os corações.

GRÁFICOS

Para o estilo do game (Action RPG) as texturas são bem definidas e não há bugs de carregamento, ou aqueles ambientes feitos de “massinha”. A arte, o level desgin e o character design encantam o jogador em vários aspectos, mas nada de tão especial.

CONSLUSÃO

NiOh é um jogo feito para quem gosta de RPG’s de ação, jogos no estilo Dark Souls, amantes do universo, mitologia, e folclore japonês e para aqueles que gostam de aprender com seus erros, porque se tem uma coisa que existe no game é a punição, no entanto, a recompensa sempre é maior que a decepção. Se você tem uma certa paciência de monge, adora um desafio e tudo citado nesta humilde análise, então você é NiOh!
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