De todas as Visual Novels que eu li até o momento, The House In Fata Morgana é sem dúvida, o melhor de todos. Ele faz um contraste entre o pior (traição, ódio, vingança, ganância) e o melhor (redenção, empatia, bondade, perdão) do homem abordando temas pesados como estupro, incesto, abusos psicológicos e físicos e brutalidade de uma forma madura e não romantizada.
O melhor aspecto da VN talvez seja a ambientação, e quando digo ambientação, seria quase tudo: o visual sóbrio dos personagens, os cenários que parecem ter sido pintados à mão, a época que a VN ocorre (religião tem uma grande relevância à história principal, e com isso, vem uma pegada filosófica também).
Os personagens são tão complexos que é até difícil escrever sobre eles, tanto quanto essa Review. O que acontece é que você vai presenciar as transgressões (e muitas não são leves) de todos os personagens, e mesmo assim, em sua maioria vai se sentir mal por eles e torcer pelo melhor.
A música (que inclusive tem o meu afeto por grande parte da Soundtrack estar em Português, apesar da VN ser originalmente japonesa e o Português da música ser de difícil compreensão) é de tirar o fôlego, e sem ela, seria apenas uma VN genérica.
O único ponto que me incomodou foi o diálogo; a escolha de certas palavras em certos momentos me tiravam da imersão (eu duvido muito que alguém, em pleno século XI, diria "yeah","geez", desculpe). Mas também penso que, pela VN ser longa, colocar um diálogo com vocabulário da época seria pior ainda para a leitura no geral, então é algo que eu faço vista grossa.
Escrever uma analise sobre essa Visual Novel é difícil e intimidante; sinto que não há palavras que façam justiça a ela. Porém, caso você ainda sim queira experimentar, tenha em mente que você fará poucas escolhas importantes e prepare o seu psicológico para uma montanha russa de emoções.

9.5 de 10

De todas as Visual Novels que eu li até o momento, The House In Fata Morgana é sem dúvida, o melhor de todos. Ele faz um contraste entre o pior (traição, ódio, vingança, ganância) e o melhor (redenção, empatia, bondade, perdão) do homem abordando temas pesados [spoiler]como estupro, incesto, abusos psicológicos e físicos e brutalidade[/spoiler] de uma forma madura e não romantizada. O melhor aspecto da VN talvez seja a ambientação, e quando digo ambientação, seria quase tudo: o visual sóbrio dos personagens, os cenários que parecem ter sido pintados à mão, a época que a VN ocorre (religião tem uma grande relevância à história principal, e com isso, vem uma pegada filosófica também). Os personagens são tão complexos que é até difícil escrever sobre eles, tanto quanto essa Review. O que acontece é que você vai presenciar as transgressões (e muitas não são leves) de todos os personagens, e mesmo assim, em sua maioria vai se sentir mal por eles e torcer pelo melhor. A música (que inclusive tem o meu afeto por grande parte da Soundtrack estar em Português, apesar da VN ser originalmente japonesa e o Português da música ser de difícil compreensão) é de tirar o fôlego, e sem ela, seria apenas uma VN genérica. O único ponto que me incomodou foi o diálogo; a escolha de certas palavras em certos momentos me tiravam da imersão (eu duvido muito que alguém, em pleno século XI, diria "yeah","geez", desculpe). Mas também penso que, pela VN ser longa, colocar um diálogo com vocabulário da época seria pior ainda para a leitura no geral, então é algo que eu faço vista grossa. Escrever uma analise sobre essa Visual Novel é difícil e intimidante; sinto que não há palavras que façam justiça a ela. Porém, caso você ainda sim queira experimentar, tenha em mente que você fará poucas escolhas importantes e prepare o seu psicológico para uma montanha russa de emoções. 9.5 de 10