Me considero um fã da franquia AC, porém, abandonei de jogar meio ao AC III porque foi um jogo que não me cativou, mas apesar disso, continuei a seguir a franquia pelos livros. Portanto, joguei apenas os seguintes títulos: AC, AC II, AC Brotherhood, AC Revelations, AC III (pela metade), AC: Chronicles Trilogy e agora, AC: Odyssey. Momentos em que eu usar asterisco (*) representarão pontos da análise que não são muito precisos devido ao fato de não ter tido contato direto porém que li a respeito.

Farei na seguinte ordem:

Introdução -> Pontos negativos -> Pontos positivos -> Considerações finais

1. Introdução

Assassin's Creed Odyssey é um jogo no qual você inicia sua aventura pela Grécia Antiga (Mais precisamente durante a Guerra do Peloponeso, sendo ela, um conflito direto entre Esparta e Atenas entre 431 e 404 A.C.
Você pode escolher entre 2 protagonistas: Alexios e Kassandra, ambos são irmãos da mesma linhagem porém a história muda de acordo com a sua escolha (porém a mudança é mínima, você apenas nota que há mudança porque sabe que há 2 personagens)
O jogo possui elementos RPG e um sistema de combate diferente ao que é apresentado ao longo da série, porém algo mais semelhante a Assassin's Creed Origins*.

2. Pontos negativos

É Ubisoft então fique ciente o que o seu FPS vai cair em algum momento, em Atenas por exemplo. As quedas de FPS podem também gerar alguns bugs visuais, que quebra sua vibe e da uma broxadinha no pau.
Os saves me lembram muito TESV: Skyrim, em resumo, ou você salva manualmente ou correrá o risco de morrer e voltar muito o que você progrediu, o que é algo até que irritante, visto que é um jogo que você irá malhar bastante as pernas, afinal, nada mais triste que morrer e voltar a um momento em que você estava a pelo menos 500m do objetivo e assim ter que andar tudo outra vez. O que consome tempo e paciência.
É um jogo que trabalha bastante com números e não é lá tão intuitivo para jogadores que querem apenas uma experiência casual, afinal esses números são importantes, já que se trata de seu Dano, Armadura, Vida etc.
Se você investir suas habilidades em assassinato (como foi o meu caso), momentos em que você é forçado (forçado é a palavra adequada) a ter um combate direto você sai na desvantagem porque não causa quase nenhum dano como guerreiro ou caçador, isso é bem comum nos bosses. Me sentia as vezes no Dark Souls, dava 10 de dano e levava 1000.
A nudez é um tabu, o que foge um pouco da questão de haver tanta gente pelada como tinha na Grécia antiga, você vê que o jogo até que tenta mas faz com um pouco de vergonha. Como se você estivesse assistindo Sense8 e desligasse a TV quando seus pais passassem na sala. Tem alguns bugs visuais que acaba vez ou outra aparecendo os peitos de alguma NPC, mas acredite, até os peitos murcho da sua avó é mais bonito (pelo menos da minha é).

3. Pontos positivos

A questline principal (Odisséia) é até que curta, comparada ao resto do jogo, em cerca de 1 semana você consegue completar, porém ela é bem interessante e traz alguns sentimentos bons e ruins, o que considero um ponto positivíssimo, afinal, história é algo que AC em geral acerta e muito bem.
O jogo é bem decision based, sendo assim, tudo o que disser em diálogos ou como agir terão consequências futuras então recomendo bastante pensar bem no que vai fazer.
O mapa é E N O R M E, ele conta com aproximadamente 130 Km² (Fonte: Google), o equivalente a mais ou menos 433 cidades de Florença de AC II (Fonte: Minha Calculadora), em resumo, é muito, mas muito grande, puta que pariu, você morre e não termina de explorar o jogo. Mas fica tranquilo, tem sistema de fast travel entre os pontos que você já sincronizou no jogo (aquele negócio de sentar na ponta do pauzinho no topo de um landmark e rodar uma visão panorâmica da tela).
Ele possui elementos muito semelhantes a Middle Earth: Shadow of War* e Witcher 3, sendo eles o combate, inventário, exploração, diálogos, os mercenários e líderes de nações (por isso a menção a Shadow of War) portanto se você joga algum desses 2 jogos e gosta, pode ser uma boa opção jogar o Odyssey também.
AS QUESTS PARECE QUE NÃO ACABAM!!! TEM MUITA SIDE QUEST PUTA MERDA!
O jogo possui um sistema de níveis e árvores de talentos, algo que considerei uma coisa muito boa pois ele pode dar uma variada na gameplay, afinal, gameplay repetitiva é algo encontrado em todos os Assassin's Creed, porém é algo que acabamos deixando de lado pelo fato de a trama ser muito, mas muito boa.
Os personagens são bem carismáticos e alguns muito cativantes como é o caso de Phoibe, outros você tem aquele sentimento de "Ah não, olha quem ta vindo ali" como é o caso de Sócrates (ele é propositalmente chato no jogo, aliás nem os NPCs aguentam ele), ou aqueles sentimentos de "Se o jogo me der a opção de te matar vai ser algo muito bom de fazer" como é o caso de Cléon.
Os NPCs que não estão falando com você dialogam em grego entre si, porém fico triste que ainda não ouvi nenhum "Tritomos!" (Age of Mythologies), mas olha, o jogo vai te socar tanto "Malakas" no rabo que ou você surta ou você adiciona no vocabulário.
As quests são legais e em sua maioria divertidas de fazer, algo bem diferente dos primeiros Assassin's Creed em que você seguia o alvo, ouvia as conversas dele, descobria o plot, assassinava ele e ele te dava dica do próximo alvo e assim até o final do jogo.
Assassinar não é tão fácil assim, você vai ter que se aprimorar um pouco se quiser virar um True Assassin no jogo ou então você vira um guerreiro e sai sentando porrada em geral, ou fica com a opção Légolas mesmo e faz uma build de caçador. Por sinal, você não vai conseguir maximizar todas as árvores, então escolha a habilidade com carinho. Ele te dá a liberdade de adaptar a jogabilidade com o seu estilo de jogo. Caso não goste da sua escolha, pode dar um "reset" nos seus pontos de habilidade e montar algo diferente.
O combate é mais dinâmico como Witcher 3, então espere que todos os inimigos venham para cima de você ao mesmo tempo, não espere moleza deles, porque não há.
O jogo conta com um sistema de romances, ainda que bem rudimentar, muito parecido com o primeiro Dragon Age ou Mass Effect*, os romances são legais até, mas são muito rasos (ta mais pra sexo casual), sem esquecer de mencionar, os romances são em aberto, portanto, poderá ter relações Hétero, Gay, Lésbica ou Bissexual.
A trilha sonora é magnífica e complementa muito bem o aspecto exploração.

4. Considerações finais

Eu li bastante as demais análises antes de iniciar essa, e agora deixo minha "TL:DR" do jogo. O meu amor ainda é Assassin's Creed II porém está muito perto de perder o lugar no pódio para o Odyssey, afinal, ele é um jogo maravilhoso e eu sequer explorei ele por completo, o que me deixa muito animado em continuá-lo, também me deu motivação a continuar jogando os jogos da série que não coloquei minhas mãos ainda. O aspecto da história ser pouquíssimo diferente entre Alexios e Kassandra é algo que levo como positivo, assim você pode escolher entre ser um protagonista masculino ou feminino e ter a mesma experiência que a pessoa que escolheu o inverso. Muita gente fala sobre a falta da Ordem dos Assassinos ou da Ordem Templária, bom, o jogo se passa anos antes de ser cogitada a fundação de ambas as ordens (até porque Jesus ainda nem tinha nascido pra ter templário, mas bora lá), algo que particularmente gostei porque o aspecto que ele explora é na verdade os Isu, ou como dito no AC II, os Precursores, aquela civilização de deuses e semi-deuses que veio antes e como isso pode ocasionar no surgimento das duas facções rivais que buscam ordem ou liberdade para a raça humana. Ainda não terminei tudo para ter mais abrangência sobre o jogo e também os caracteres estão limitados (é a segunda análise desse jogo que escrevo), então eu super recomendo a compra e espero que se divirtam tanto quanto eu. Uma chuva de amores e quem leu até aqui! <3